A cooperação acadêmica entre programas de pós-graduação da UCS, URI-Erechim e UFRJ.
Fomentar a cooperação interinstitucional e qualificar a pesquisa e o ensino de graduação e pós-graduação das universidades brasileiras. Foi com esta finalidade que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) criou, no início dos anos 2000, o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (PROCAD), um programa estratégico que apostava na atuação em rede e no espírito colaborativo das equipes de pesquisadores de instituições de diferentes regiões do país, para realizar em conjunto projetos voltados para a produção de conhecimento e para a formação de recursos humanos em áreas de interesse para o desenvolvimento nacional.
Atendendo ao edital nº 71/2013 CAPES, a UCS, através dos programas de Pós-Graduação em Biotecnologia e em Engenharia de Processos e Tecnologias, em parceria com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI- Campos de Erechim), através do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, através dos programas de Pós-Graduação em Produtos Bioativos e Biociências e em Ciências Farmacêuticas, se candidataram aos recursos do PROCAD para desenvolver o projeto Bioprodução, purificação e imobilização e aplicação de enzimas em reações de interesse industrial.
Iniciado em 2014 e com vigência até 2020, o projeto propõe-se a investigar a obtenção de diferentes tipos de enzimas a partir da utilização de subprodutos agroindustriais, como farelos (de soja, arroz e trigo), bagaços de frutas, melaço de cana de açúcar, entre outros, como substratos de suporte para cultivos microbianos em estado sólido ou para a bioprodução em cultivo submersos. Ainda como forma de viabilizar a utilização industrial de enzimas, novas técnicas de imobilização e tipos de suportes vêm sendo desenvolvidos no decorrer do projeto com o intuito de melhorar a estabilidade operacional das enzimas, de facilitar a sua separação dos produtos e também de possibilitar a sua reutilização, permitindo assim que o processo biotecnológico seja economicamente viável.
A professora Eloane Malvessi, coordenadora do projeto na Universidade de Caxias do Sul, explica que, “com a melhoria do desempenho global do processo, espera-se contribuir para a obtenção de enzimas específicas com potencial de aplicação industrial e com um custo mais atraente, se comparado ao custo das enzimas comerciais”.
Nesses cinco anos de atividades, sob a coordenação geral da professora Eunice Valduga, da URI-Erechim, foram realizadas atividades de pesquisa e missões de estudo, com foco na consolidação das linhas de pesquisa e da cooperação entre os grupos envolvidos no projeto, com o compartilhamento de conhecimentos, recursos e infraestrutura, com ganhos na formação qualificada de recursos humanos e no aprimoramento das atividades de cunho acadêmico e científico. Na UCS, o desenvolvimento do projeto envolve docentes e estudantes de iniciação cientifica, de mestrado e de doutorado.
Foto: Equipe do projeto/Divulgação
No dia 4 de abril, os docentes Michelle Frazão Muzitano e Ivaldo Itabaiana Junior, membros do corpo docente dos programas de Pós-Graduação em Produtos Bioativos e Biociências e em Ciências Farmacêuticas da UFRJ, estiveram na UCS em atividades da Missão de Docência e Pesquisa, dentro das atividades do projeto. Eles estiveram reunidos com a equipe de pesquisadores e alunos de pós-graduação do Laboratório de Bioprocessos (LBIO), dando prosseguimento à missão iniciada no dia 1º de abril, com a equipe da URI-Erechim.Durante o encontro na UCS, os docentes apresentaram as pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da UFRJ nas áreas de biocatálise e biotransformação e acompanharam o relato feito pelos pesquisadores da UCS envolvidos no projeto. Também foram delineadas as próximas atividades do projeto, considerando as missões de pesquisa/docência, missões de estudos/discentes, assim como a aplicação dos recursos financeiros.
“O projeto tem características multidisciplinares em sua essência, o que evidencia a interação, a troca de conhecimentos e o esforço conjunto de diversos pesquisadores, afinados com o desenvolvimento científico e tecnológico no âmbito da tecnologia enzimática, setor estratégico da Biotecnologia voltado à indústria de alimentos, química e farmacêutica”, conclui a professora Eloane Malvessi.
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