Trabalho premiado com o Troféu Dyonélio Machado foi desenvolvido no Doutorado em Letras – Associação Ampla UCS/UniRitter.

A professora Dra. Aline Brustulin Cecchin, do Programa UCS Línguas Estrangeiras, conquistou o Troféu Dyonélio Machado, conferido pela Academia Rio-Grandense de Letras, com a Tese  Mapeamento e análise do cenário editorial e literário da Serra Gaúcha (2000-2016), defendida, em 2017, no Programa de Doutorado em Letras – Associação Ampla UCS/UniRitter, com a orientação do professor Dr. João Claudio Arendt.

O troféu foi entregue no dia 7 de dezembro, em cerimônia no auditório Barbosa Lessa do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, em Porto Alegre. O professor João Claudio Arendt representou Aline Brustulin Cecchin. Essa não foi a primeira vez que uma orientada do professor Arendt é premiada com o Troféu Dyonélio Machado: em 2017, Daniele Marcon também foi distinguida.

Aline atua no Programa UCS Línguas Estrangeiras desde 2011. Sua formação é em Letras, pela UCS, com Mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade (2012-2014). Ela ingressou no Programa de Doutorado em Letras em 2014 e apresentou sua tese no ano passado. A premiação, para ela, “evidencia a relevância do estudo realizado, além de me impulsionar a continuar as investigações. Cabe ressaltar que este trabalho faz parte do projeto de pesquisa “Para uma história da leitura e da literatura em contextos regionais”, iniciado em 2012, coordenado pelo professor João Claudio Arendt, que investiga a formação de sistemas literários regionais a partir da produção, mediação, circulação e recepção de textos literários e extraliterários em contextos regionais e suprarregionais. Ter um trabalho premiado pela ARL é uma grata surpresa, resultado dos estudos que venho desenvolvendo já há seis anos, enquanto aluna dos cursos de Mestrado e Doutorado, na Universidade de Caxias do Sul”.

A tese
Segundo Aline, “o foco desta tese centra-se na investigação do cenário editorial da Serra Gaúcha/RS/Brasil. Ao compreender a literatura como um sistema que se forma a partir de uma ampla e complexa rede de relações, tem-se como objetivo mapear e analisar os mecanismos de produção, publicação e circulação literária na região, sob o ponto de vista de seus escritores e editores. Inicialmente, parte-se de uma ampla pesquisa sobre escritores e obras que compõem a paisagem literária serrana do ano 2000 até 2016, com o propósito de estruturar o panorama de publicações e de produtores de ficção na região. Em seguida, realizam-se entrevistas pessoais com 25 escritores e 4 editores, com o intuito de verificar como eles percebem sua atuação no sistema literário em questão. Finalmente, as entrevistas são tabuladas e analisadas à luz da sociologia da literatura. Fatores sociais, históricos e culturais específicos da região, assim como as condições de produção, difusão, leitura e público literário, compõem os elementos investigativos desta pesquisa e colaboram para que se compreenda a vida literária na Serra Gaúcha, na atualidade”.

Academia
A Academia Rio-Grandense de Letras, fundada em 1901, é composta de 40 membros, eleitos por critérios de mérito literário e relevância na cena literária gaúcha. Sua sede preserva uma pinacoteca com obras doadas e uma biblioteca com livros de escritores do Estado, além de documentos de memória da instituição. Os troféus foram confeccionados pelo artista visual Lucas Strey.