Brincadeira levada a sério: CETEC aplica jogos de tabuleiro e RPG como ferramentas estimuladoras do processo de ensino-aprendizagem.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 16/10/2018 | Editado em 16/10/2018

Oficina de 7 horas semanais busca aplicar a metodologia participante dos jogos na atuação do estudante enquanto protagonista do próprio conhecimento.

Os estudantes do CETEC UCS contam com uma nova forma de estimular e fortalecer o conhecimento: jogos de tabuleiro e de RPG (do inglês Role Playing Game). A atividade é oferecida por meio de uma oficina com dois encontros semanais, com carga horária total de 7 horas por semana.

Ministradas pelo professor Gustavo Rubbo Siqueira e pelo acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática, Lucas da Silva Fogaça, as oficinas buscam trabalhar o RPG como estratégia educacional, utilizando-o como metodologia no ensino de profissões, abordando a educação como emancipação humana e transformando o aluno em protagonista da própria história. Por meio dessa metodologia, a atividade propõe a promoção do aprendizado por meio do jogo interativo onde os alunos assumem papéis de personagens de uma determinada história, criando uma mini realidade social.

 

Desafios

O jogo em questão é uma das alternativas para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, pois favorece a reconstrução do conhecimento pelo aluno, envolvendo os mais variados conhecimentos oriundos das diferentes disciplinas da base curricular do ensino médio. O RPG como narração interativa objetiva discutir as vantagens específicas desta técnica como metodologia para o ensino de jovens.

De acordo com o professor Gustavo Rubbo Siqueira, um dos desafios da educação moderna é buscar metodologias inovadoras, procurando agregar novas experiências no sistema tradicional: “A utilização de jogos no contexto educacional é uma prática que pode ser utilizada para incrementar estratégias de ensino-aprendizagem, que estão relacionadas ao lúdico e que podem ser uma ferramenta que desperta o interesse dos estudantes pelo aprender”, destaca o docente.

Para Lucas Fogaça, o RPG possibilita ao aluno transcender do meio em que está inserido, fomentando a descoberta por novos horizontes, tudo isso de forma lúdica, onde o aprendizado acontece no subconsciente: “Os jogos têm grande relevância na construção do saber crítico dos estudantes”, aponta o futuro professor.

A proposta da ludoteca, que oferece a oficina, surgiu da disciplina de Estágio IV e Projetos de Pesquisa em Educação Matemática, que são requisito para a formação de professores na disciplina. A atividade despertou o interesse dos alunos. Cerca de 40 jovens do ensino médio participam de forma ordinária dos encontros realizados na escola. Ali, encarnam os mais variados personagens e descobrem universos até então inexplorados, deixando-se levar pelo imaginário criativo.

Fotos: Marcelo de Gregori