Conexão com as origens: cidadãos italianos no exterior podem votar em representantes para Parlamento.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 02/02/2018 | Editado em 06/02/2018

Manter vínculos com a terra natal é possível por meio da preservação e valorização da história e do contato com questões e processos em andamento no país.

Preservar a história permite conhecer e valorizar o passado, compreender dinâmicas e cultivar vínculos com elementos formadores da própria identidade. A conexão das pessoas com suas origens é viabilizada a partir do trabalho do Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC) da UCS, que atua em áreas relacionadas à preservação e ao estudo da memória individual e coletiva, pessoal e institucional, em diversos campos culturais.

Entre os programas que compõem o IMHC está o ECIRS – Elementos Culturais da Imigração Italiana no Nordeste do Rio Grande do Sul, que dedica-se ao levantamento sistemático de bens e valores culturais das comunidades rurais da região. O trabalho relaciona-se ao estudo e à preservação da cultura construída em terras brasileiras, associada ao processo de imigração italiana, que se evidencia na região.

Também é possível conectar-se às origens ao se manter informado sobre temas atuais e, inclusive, participar de processos cívicos vinculados às suas terras de origem. Exemplo nesse contexto são as eleições para o Parlamento Italiano, que ocorrem dia 4 de março. Você sabia que cidadãos italianos residentes no exterior ou brasileiros com cidadania italiana também podem escolher seus representantes?

O voto de quem mora na América do Sul influencia na eleição de dois senadores e quatro deputados. Embora o Brasil não conte com cadeiras específicas, reúne o maior número de ítalo descendentes e detém o segundo colégio eleitoral, conforme dados divulgados pela revista Insieme. Os eleitores brasileiros dividem-se conforme a jurisdição das áreas consulares de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Minas Gerais e Brasília.

Os cidadãos italianos receberão em suas residências cadastradas no consulado as cédulas de votação, nas quais, para participar do processo, devem indicar dois candidatos ao Senado e outros dois à Câmara dos Deputados. Para que o voto seja contabilizado em tempo nas eleições, em Roma, o ideal é que seja postado no correio até 22 de fevereiro, o que pode ser feito sem custos. Para saber mais sobre o processo, consulte o seu consulado. O voto não é obrigatório, mas ele pode refletir na política para imigrantes italianos.