Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade homenageia docente da UCS.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 16/11/2017 | Editado em 16/11/2017
Professor Leonardo com a diretora de Medicina Rural da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Magda Almeida.

O professor do curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul, Leonardo Vieira Targa, das disciplinas “Atenção Primária à Saúde” e “Medicina de Família e Comunidade”, foi homenageado durante o 14º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, que se realizou de 2 a 5 de novembro, em Curitiba. Ele recebeu a medalha “SBMFC”, da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, concedida em destaque àqueles que contribuem para a Atenção Primária à Saúde no Brasil.

O professor Leonardo tem se dedicado à atenção à saúde de populações rurais, trabalhando como médico de família desde 2000, principalmente na Serra Gaúcha, mas também em áreas indígenas na Amazônia. Ele ajudou a criar o estágio rural de Medicina de Família, em Nova Petrópolis, onde mais de 180 médicos – a maioria egressos da UCS – já realizaram parte de sua formação. Segundo o professor, a honraria busca “reconhecer o trabalho de médicos de família e comunidade que se destacaram nas áreas de serviço, ensino e/ou pesquisa. Fui o único premiado para a área rural nesta edição do prêmio, que é concedido em evento bienal da especialidade”.

Leonardo já representou também o país no Wonca Woring Party on Rural Practice, entre 2010 e 2016, com eventos em vários países, como Grécia, Romênia, Canadá, República Tcheca e Croácia, promovido pela Associação Mundial de Médicos de Família, ajudou a fundar o Grupo de Trabalho em Saúde Rural da SBMFC e colaboração com a organização do Congresso Mundial de Saúde Rural, ocorrido em Gramado, em 2014 e pela primeira vez realizado na América Latina.

Sobre a importância do médico de família, o docente explica que “esse profissional geralmente é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde e tem a resolução de até 95% dos problemas sem necessidade de ser encaminhado para um especialista. No entanto, quando é necessário um especialista, o médico de família ajuda a identificá-lo corretamente, coordenando o cuidado quando há mais médicos de áreas diferentes. Além disso, presta cuidado longitudinal, isto é, ao longo da vida, e integral, quer dizer, no cuidado ao ser humano como um todo, não por partes/especialidades/órgãos ou tipos de doença, além de ser preventivo, curativo e reabilitador. Por trabalhar com comunidades específicas, o médico de família conhece a epidemiologia local, o que facilita o diálogo intercultural na hora de aplicar seus conhecimentos”.

O professor, além de ter produção científica na área, inaugurou e coordena a secção regional do periódico internacional chamado “Rural and Remote Health”, que busca estimular a produção e divulgação de trabalhos na área. Ele também é co-autor do livro “Atenção Primária à Saúde: fundamentos para a prática”, editado pela Educs.

Foto: Divulgação/Acervo Pessoal.