Trabalho de Daniele Marcon sobre a identidade do gaúcho nos escritos de Érico Veríssimo é finalista de prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras.

Quando se fala em Érico Veríssimo, a primeira ideia que surge é a da criação literária do autor natural de Cruz Alta. Mas foi justamente sobre a percepção do escritor sobre a identidade no Rio Grande do Sul que o trabalho de Daniele Marcon (foto) realizou durante o mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade.

– Priorizei o estudo de uma obra sua, pesquisei suas entrevistas, suas cartas, enfim, as palavras dele como escritor. Tudo isso para analisar qual seria a sua visão sobre as identidades sul-rio-grandenses: “Afinal de contas, o que é um gaúcho?”. Estudei a relação dele com o cenário político, verificando suas preocupações com os problemas sociais de sua época – explica.

O trabalho de Daniele recebeu a orientação do professor João Claudio Arendt. A pesquisa concorre ao Troféu Dyonélio Machado de 2017, como finalista do Prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras e compete na categoria melhor tese ou dissertação sobre literatura gaúcha. A cerimônia de premiação ocorre no dia 12 de dezembro, em Porto Alegre.

– Quando recebi a informação de que eu era uma das finalistas, foi uma surpresa. Estou muito feliz com esse reconhecimento tão grande, pois dá visibilidade a uma pesquisa sobre literatura gaúcha que, apesar de trazer um escritor muito conhecido, que é o Érico Verissimo, estuda sua vida extraliterária.

Conforme Daniele, o período de produção da dissertação foi de grande aprendizado, porque durante o trabalho ela pode se dedicar exclusivamente aos estudos, graças à bolsa de auxílio que recebia da CAPES. A pesquisadora teve a oportunidade de acessar o acervo literário do escritor, que atualmente está no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro.

– Foram muitos os desafios da caminhada, mas aprender sobre a vida de Érico era um prazer, pois sempre o admirei muito, assim como as suas obras. Sinto-me honrada em poder representar a Universidade de Caxias do Sul, particularmente, o programa de Pós-Graduação em Letras, Cultura e Regionalidade, em um momento como este. Sou grata pela oportunidade, e agradeço especialmente ao professor João Claudio Arendt, cuja orientação e parceria em todo o meu período de estudos é imensurável.