Editora da Universidade lança cinco obras na Feira do Livro de Caxias do Sul.
A Editora da Universidade de Caxias do Sul – EDUCS participa, a partir desta sexta-feira, dia 29 de setembro, da 33ª edição a Feira do Livro de Caxias do Sul, que ocorre até o dia 15 de outubro, na Praça Dante Alighieri. A feira deste ano tem como tema “Todos os leitores | Todas as leituras” e conta como patrona a escritora Natalia Borges Polesso, pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras, e como homenageada a bibliotecária Maria Nair Sodré Monteiro da Cruz, que recebe o título de Amiga do Livro.
Além do estande que irá comercializar publicações de diferentes áreas, a EDUCS também estará lançando as seguintes obras:
– Direito civil: introdução pessoas e bens (2ª edição), de Alexandre Cortez Fernandes, no dia 7 de outubro, às 17 horas.
O livro vem se integrar à coleção Direito Civil, do professor Alexandre Cortez Fernandes, como volume inicial. A obra começa com uma introdução didática ao direito civil. O autor, partindo de uma análise da ordem jurídica, delimita o espaço do ordenamento civilista, para, depois, adentrar na análise das fontes do direito civil, da codificação, da relação jurídica e da Lei de Introdução, às Normas do Direito brasileiro.
Posteriormente, o autor versa sobre todo o conteúdo dos dois primeiros livros da Parte Geral do Código Civil: pessoas naturais, personalidade, capacidade, direitos de personalidade, ausência, pessoas jurídicas, domicílio e, por fim, os bens e suas diferentes classes. Toda a exposição é fundada em sólida pesquisa doutrinária e no posicionamento da jurisprudência atual dos Tribunais brasileiros mas sempre honrando o compromisso de produzir um texto voltado à necessidade do público universitário, que tem acolhido com entusiasmo as obras de Alexandre Cortez Fernandes.
ALEXANDRE CORTEZ FERNANDES exerce a docência na área do Direito Civil há mais de 25 anos, na Universidade de Caxias do Sul e em outras instituições. Além do magistério, coordena grupos de estudo de Direito Civil, orienta monografias na área e é autor de livros e artigos publicados em revistas especializadas.
– Processo de industrialização da zona colonial italiana, de Vania Beatriz Merlotti Herédia, no dia 7 de outubro, às 19 horas.
A área de Caxias do Sul, no âmbito da colonização italiana no Estado do Rio Grande do Sul, tem de fundamental importância na economia gaúcha. A Colônia de Caxias, em relação aos demais núcleos da zona colonial, apresentou um rápido crescimento econômico, transformando-se em um centro de intensa produção agrícola e de intercâmbio comercial. Com o seu desenvolvimento urbano, foram instaladas, nessa sede, uma série de oficinas e pequenas indústrias que abasteceram praticamente todo o núcleo colonial. Este estudo parte da análise da formação da Colônia Caxias, como núcleo de desenvolvimento econômico que caracterizou esta região e os mecanismos que permitiram o processo de industrialização; reconstrói através do estudo de caso da primeira indústria têxtil da região as condições socioeconômicas deste processo. O estudo de caso dessa indústria permite acompanhar as conjunturas favoráveis ao seu desenvolvimento e as políticas utilizadas na expansão e no desenvolvimento industrial no estado.
VANIA BEATRIZ MERLOTTI HERÉDIA é bacharela e licenciada em Ciências Sociais pela PUCRS; Graduada em Filosofia pela UCS; Mestra em Filosofia pela PUCRS; Doutora em História das Américas pela Universidade de Gênova; Pós-Doutora em História Econômica pela Universidade de Pádova e pela UFRJ; professora titular na UCS, na graduação e na pós-graduação.
– Tropicália: gêneros, identidades, repertórios e linguagens (2ª edição), de Ana Mery Sehbe De Carli e Flávia Brocchetto Ramos, no dia 8 de outubro, às 16 horas.
Esse livro analisa o fenômeno cultural Tropicália por uma variedade de ângulos. Alguns, como “Tropicália: do avesso a Bossa Nova”, de Carlos Calado, e “Arquitetura e contracultura nos anos 60”, de Erinton Aver Moraes, examinam Tropicália como um todo coeso à luz de outros fenômenos culturais da época. Outros textos olham para elementos mais específicos do movimento e suas futuras ramificações.
ANA MERY SEHBE DE CARLI é Doutora em Semiótica pela PUC-SP com a tese O Corpo no Cinema: variações do feminino, estudo do corpo, da moda e do comportamento feminino através de filmes do circuito comercial, que marcaram gerações. Publicou em 2009, um livro com o mesmo título. No mestrado, interinstitucional PUC-SP e UCS, realizou estudo sobre moda como uma prática sensorial do cotidiano. A investigação deu origem ao livro O Sensacional da Moda. Na gestão acadêmica exerceu a função de diretora do Centro de Artes e Arquitetura de 1998 a 2007. Atua em programas culturais extensionistas, de âmbito nacional e internacional.
FLÁVIA BROCCHETTO RAMOS é professora na UCS. Doutora e Mestra em Letras pela PUCRS. Especialista em Literatura Brasileira pela PUCRS e graduada em Letras e Biblioteconomia pela UCS. Realizou estágio de pós-doutoramento em Educação na FaE/UFMG. Na docência, atuou na Educação Básica na rede pública e é docente em nível de graduação e pós-graduação (Mestrado e Doutorado em Educação e Doutorado em Letras). Tem experiência na área de Educação e Letras, com ênfase em Literatura Infantil, focalizando leitura, literatura e mediação na Educação Básica.
– As sombras do littorio: o fascismo no RS, de Loraine Slomp Giron, no dia 8 de outubro, às 17 horas.
Esse livro põe ao alcance do leitor documentos e relatos orais que dão conta da presença e da atuação do fascismo na região de imigração italiana do nordeste do Rio Grande do Sul, na década de 1930. A autora limita-se à formulação de hipóteses factuais a serem constatadas no plano local. Eles são ricos para mostrar de que modo uma epidemia global, como foi o fascismo, age no tecido circunscrito de uma comunidade local. Nada mais importante que um bom diagnóstico para se buscar o remédio, se ele for necessário.
LORAINE SLOMP GIRON é licenciada e bacharela em História e Geografia pela PUCRS. Mestre em Filosofia pela UFRGS e Doutora em Ciências Sociais pela PUC-SP.
– Escravos ou escravizados? Uma história de paixão, de luta e de sofrimento, de Mario Noel, no dia 14 de outubro, às 17 horas.
“Vivemos num mundo em movimento. Os fluxos migratórios se intensificaram, as fronteiras desapareceram. O planeta tornou-se a “casa comum”, onde todos têm o direito de ocupar um espaço e viver, acima de tudo, com dignidade. Quem chega, aguarda e merece acolhida. A necessidade é uma das causas de partidas e chegadas. Os haitianos que desembarcam no Brasil não estão de mãos vazias. Eles carregam consigo uma história, uma luta árdua, muitas alegrias e infinitos sofrimentos; aguardam por uma mão estendida, um olhar desarmado, um sorriso fraterno. É um povo que tem muito a ensinar e muito a aprender”. (Frei Jaime Bettega).
MARIO NOEL nasceu em 1984 na Cidade de Jeremie, sul do Haiti, chamada cidade dos poetas. Fez seus estudos no colégio das freiras Salesianas de Porto Príncipe, Cité-Militaire onde passou sua infância. Dois anos depois do Ensino Médio, entrou no seminário dos freis capuchinhos na República Dominicana, país vizinho. Veio para o Brasil a primeira vez em setembro de 2009, instalando-se em Marau (RS), onde ficou um ano no noviciado do convento São Boaventura dos Freis Capuchinhos, até outubro 2010. O triste terremoto em janeiro, no Haiti, aconteceu na sua ausência. Voltou para lá nesse mesmo período, em seguida à República Dominicana, onde continuou seus estudos filosóficos. Em 2012, veio novamente ao Brasil, a Caxias do Sul, para continuar seus estudos na UCS. Resolveu sair da Instituição dos Freis Capuchinhos e, atualmente, está casado com uma brasileira, continua estudando e trabalhando na Universidade.
Essas obras também serão lançadas em novembro, durante a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, que se realizará de 1° a 19 de novembro.
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