Estudantes do CETEC são finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas.
Alunas apresentam projeto na tarde deste sábado (27) para banca avaliadora da mostra.
Estudantes do CETEC estão participando da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, primeira feira científica e pré-universitária nacional totalmente virtual, que ocorre de 26 a 28 junho. Na tarde deste sábado (27/06), as estudantes Cecília Battisti Tolotti e Eduarda Golin Panisson apresentarão um projeto de pesquisa que estuda o chimarrão, bebida típica da região sul.
Intitulada de “Avaliação in vitro da atividade fotoprotetora do extrato dos rejeitos do chimarrão”, a pesquisa foi iniciada ainda em 2019 na Mostra Científica e Tecnológica do CETEC e também já recebeu reconhecimentos da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, a FEBRACE. A pesquisa foi realizada em parceria com os laboratórios da UCS e conta com a orientação de Dáfiner Pergher e coorientação de Ísis Cristina Pires de Lima, professoras do CETEC.
Segundo a jovem cientista Cecília Battisti Tolotti, a pesquisa surgiu da problemática de encontrar um destino para os rejeitos do chimarrão e, para isso, fez-se um extrato dos rejeitos do chimarrão utilizando etanol como solvente: “Nossa pesquisa busca associar matérias-primas vegetais com filtros sintéticos, seguindo uma tendência do mercado de cosméticos, visto seu potencial para intensificar a proteção solar de produtos e efeitos dermatológicos benéficos. Assim, a erva-mate pode ser combinada a filtros solares sintéticos, atuando como potencializadores em formulações fotoprotetoras”, defende Cecília, aluna do terceiro ano do ensino médio do CETEC.
Sobre o processo de pesquisa, Eduarda Golin Panisson destaca que as características da erva-mate levaram ao desdobramento do projeto para a área de Ciências Biológicas e Farmacologia: “A erva-mate é rica em compostos fenólicos, que são substâncias que absorvem radiação UV. Assim, buscamos avaliar a atividade fotoprotetora do extrato dos rejeitos do chimarrão na possível composição de dermocosméticos”, aponta.
De acordo com Dáfiner Pergher, professora de Biologia do CETEC e orientadora da pesquisa, é imprescindível que, no momento que estamos passando, possamos incentivar a ciência e a busca pelo conhecimento: “Vejo a ciência como a porta de entrada para um futuro muito promissor. As alunas obtiveram resultados muito positivos com a pesquisa e agora representam a cidade nessa mostra nacional”, aponta a docente.
Para Andréia Michelon Gobbi, coordenadora do CETEC Ciência, a importância da ciência tem sido bastante diminuída por parte das autoridades e seu financiamento tem sido cortado gradativamente há anos: “Mesmo assim, a necessidade de continuar pesquisando e inovando continua, a comunidade científica e os jovens brasileiros têm se desdobrado para manter suas pesquisas e aumentar o interesse na produção de conhecimento que reflete nos diversos setores da sociedade”, afirma a coordenadora.
SOBRE A FBJC
Apesar de coincidir de maneira incrível com a quarentena causada pelo coronavírus, o projeto da FBJC online foi idealizado bem antes do período de isolamento social. A ideia da Feira é garantir a participação de jovens de todos os cantos do país e democratizar o acesso à ciência.
A feira terá palestras de cientistas brasileiros renomados, além de workshops e uma maratona de inovação, em que as pessoas se reunirão em grupos para desenvolver projetos, aumentando o contato entre os participantes e promovendo um networking entre jovens com interesse em pesquisa científica. A programação da FBJC está disponível em: https://fbjc.com.br