IPES-UCS divulga Cesta Básica e IPC do mês de junho em Caxias do Sul. 

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 18/07/2017 | Editado em 18/07/2017

CESTA BÁSICA: redução de -038% nos preços em relação ao mês anterior.

Uma leve redução, de -0,38%, marcou a variação do custo da Cesta Básica em Caxias do Sul entre os meses de maio a junho – cujo valor fechou em R$ 803,18. De acordo com o relatório do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul, responsável pelo levantamento, a tendência é de redução nos preços dos alimentos e de alta nos de higiene e limpeza no longo prazo. [ Dados completos. ]

Dos 47 produtos que compõem a cesta, 20 aumentaram de preço, 24 tiveram seus preços médios reduzidos e três permaneceram inalterados. Os cinco produtos que mais registraram aumento foram alface (33,67%), cebola (11,92%), absorvente externo (10,61%), queijo lanche  fatiado (8,15%) e coxa de frango (7,34%). Os produtos destaques na redução de preços foram  sabão em pó (-13,28%), presuntado (-12,04%), pão de forma (-10,95%), mamão (-10,02%) e feijão preto (-9,72%).

No acumulado de 12 meses, o custo da Cesta Básica apresenta uma queda de -2,84%. Enquanto os produtos alimentares acumulam uma redução de -4,03% no período, os não alimentares apresentaram alta de 3,05%.

Critérios – O custo da Cesta de Produtos Básica de Caxias do Sul é calculado e divulgado mensalmente pelo IPES-UCS. Os preços são coletados em seis redes de supermercados e referem-se à última semana de cada mês. Os produtos são divididos nos grupos Alimentação, Higiene Doméstica, Higiene Pessoal, Fumo e Combustíveis Utilizados no Lar, representando o custo de compras mensal de uma família média.

Os 47 produtos que integram a Cesta Básica de Caxias do Sul são: absorvente externo, açúcar cristal, alface, apresuntados, arroz (polido e parbolizado), banana, batata-inglesa, biscoitos (doces e salgados), café moído, café solúvel, capeletti, carne bovina, cebola, cerveja,  cigarros, creme dental, erva para chimarrão, farinha de trigo especial, feijão preto, frango inteiro, gás de bujão, laranja, leite longa vida, maçã, maionese, massa caseira fresca, massa com ovos, óleo de  soja, ovos de granja, pãezinhos, papel higiênico, pêssegos em lata, queijo lanche fatiado, refrigerante, sabão em pó, sabonete, salame, salsichão, xampu, tomate, costela de suíno, coxa de frango, detergente líquido, leite condensado, mamão, pão caseiro e pão de forma.

ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR: variação de -0,03% em junho
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Caxias do Sul indicou uma variação de -0,03% no mês de junho, contra um aumento de 0,15% do mês anterior. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos 12 meses alcançou 2,06%.Do total de 320 subitens que compõem a estrutura do IPC, 96 aumentaram de preços no mês de junho, outros 93 produtos tiveram seus valores reduzidos e 131 permaneceram inalterados. [ Dados completos. ]

Contribuíram para o aumento os produtos de Habitação e Vestuário. Por outro lado, Alimentação, Saúde, Higiene Pessoal e Transporte tiveram variação negativa. Já os subgrupos de Despesas  Diversas e Educação, Leitura e Recreação não apresentaram variação de preço.

Com isso, o IPC-IPES de Caxias do Sul apresentou um aumento de 2,06% nos últimos 12 meses, com as contribuições dos preços médios dos grupos de Alimentação (2,17%), Habitação (3,40%), Vestuário (1,51%), Saúde (1,72%), Higiene Pessoal (1,72%) e Transporte (1,61%). Menores variações ocorreram nas categorias da Educação, Leitura e Recreação (0,91%), e Despesas Diversas (0,84%).

O IPC-IPES é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul, constituindo-se num indicador da evolução dos preços e do custo de vida na cidade. O levantamento abrangeu uma amostra de 436 famílias, com  renda mensal até 31 salários mínimos. Os preços são coletados na última semana de cada mês segundo os locais de compra e as marcas de produtos mais indicadas pelas famílias entrevistadas.

Cenário econômico – Na avaliação dos pesquisadores do IPES-UCS, o atual cenário econômico está sendo marcado pela incerteza, e influenciado pela crise política que assola o país, prejudicando a recuperação da economia que vem se processando. Em meio à crise política, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou em 4,25% a meta de inflação para 2019 e em 4%, para 2020, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, em ambos os períodos.

Enquanto a inflação é um vetor que vem apresentando comportamento conforme o esperado, o fato que ainda preocupa é o déficit orçamentário do setor público, que está na casa de 2,5% do PIB em 12 meses – a meta do ano é de um déficit de 2,1% (R$139 bilhões) do PIB. De acordo com os especialistas do IPES, o governo vai depender de receitas extraordinárias para cumprir a meta. Contudo, o atual cenário, em termos de arrecadação tributária é frustrante, pois, com a baixa atividade econômica, há menos consumo, produção e, consequentemente, arrecadação.