Juventude e Mercado de Trabalho: dados revelam retomada de contratação de jovens.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 11/08/2017 | Editado em 11/08/2017

Pesquisadores e bolsistas do Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul apresentaram, na manhã dessa sexta-feira, 11 de agosto, o Boletim Juventude e Mercado de Trabalho 2017: Base de dados RAIS 2015 na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, em atividade integrante da Semana Municipal da Juventude. Na próxima segunda-feira, dia 14 de agosto, uma segunda apresentação – destinada ao público universitário – acontece às 18h15min, na sala Sincontec do Bloco J do Campus-sede. Acesse o Boletim.

O estudo analisa a participação dos jovens no mercado de trabalho caxiense por meio de variáveis como idade, sexo, escolaridade e remuneração dos trabalhadores, entre outras, e observa como a crise econômica iniciada em 2014 e agravada em 2015-2016 afetou a empregabilidade dos jovens na cidade.

O estudo mostrou que, em 2015, havia 164.610 vínculos de trabalho formal em Caxias do Sul. No ano, houve o fechamento de 13.774 postos de trabalho (-7,7%) em relação ao ano anterior. A maior retração relativa aconteceu na faixa de trabalhadores de até 17 anos (-30,1%) e de 18 a 24 anos (-14,8%).

Ao analisar os dados preliminares do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para 2016, percebe-se que houve retomada de contratações de jovens de até 24 anos no ano, enquanto o desligamento de trabalhadores com maior faixa etária se intensificou. Segundo os pesquisadores, acredita-se que, como resposta ao prolongamento da crise econômica iniciada em 2014, os empregadores estejam substituindo os trabalhadores com maior faixa etária (e provavelmente com maior remuneração), por uma força de trabalho mais jovem e barata.

Nas considerações finais do Boletim, os pesquisadores apontam que, “por meio dos dados do Censo de Educação Superior, é possível perceber que o número de alunos que frequentam Instituições de Ensino Superior de Caxias do Sul vem diminuindo desde 2013. Acredita-se que o emprego e a renda disponível apareçam como determinante na opção do jovem por frequentar um curso superior, especialmente em uma cidade onde a quase totalidade de vagas está em instituições privadas”.