Em sua décima edição, estudo busca identificar o cenário do emprego formal para os jovens do Município de Caxias do Sul durante o primeiro semestre de 2020.

O Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul divulgou o Boletim Juventude e Mercado de Trabalho 2020. Em sua décima edição, o estudo busca identificar o cenário do emprego formal para os jovens do Município caxiense durante o primeiro semestre de 2020, procurando evidenciar os impactos da pandemia de Covid-19 nesse grupo social. A análise teve como base de dados a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia (ME).

A publicação contempla os cenários de antes e durante a pandemia, a fim de constatar como vinha sendo a inserção do jovem no mercado de trabalho de Caxias do Sul e os desequilíbrios das crises comportamental, sanitária e econômica ocasionadas pela Covid-19.

Os dados apurados evidenciam que 2020 apresentava expectativas positivas para o mercado de trabalho, com possível aumento da presença de jovens, seguindo a tendência de crescimento iniciada em 2018. Entretanto, enquanto em 2019 foram criados aproximadamente 4 mil postos de trabalho para a população juvenil no Município, a crise gerada pelo novo coronavírus afetou a economia caxiense, que fechou 563 postos ocupados por jovens no período de janeiro a junho de 2020. Ainda, em todos os meses analisados, o número de admitidos foi menor que em 2019, principalmente no mês de abril, e os desligamentos foram maiores nos meses de janeiro e também em abril.

Em relação ao saldo acumulado, verificou-se que a faixa etária de até 17 anos foi a única do período a apresentar saldo positivo, resultado de mais admissões que desligamentos. Já os grupos de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos apresentaram desempenho negativo, somando juntos pouco mais de 2 mil postos de trabalho formais encerrados.

No âmbito setorial, nos primeiros seis meses de 2020, o setor que abriu mais vagas para pessoas de até 29 anos foi a Indústria, com 243 vínculos criados, enquanto o Comércio foi o setor que mais fechou postos de trabalho no período, com 486 vagas a menos.

Por fim, o estudo analisou os números do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, que mostraram que 33,3% dos acordos firmados em Caxias do Sul contemplavam trabalhadores jovens. Parte do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, o benefício constitui um pagamento feito pelo governo federal aos trabalhadores em situações de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, e também nos casos de suspensão temporária do contrato de trabalho, durante a pandemia de Covid-19.

Clique para acessar o estudo completo, disponibilizado na página do Observatório do Trabalho.