Outubro Rosa: palestra sobre câncer de mama evidencia a importância da detecção precoce.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 18/10/2017 | Editado em 19/10/2017

Promoção da CIPA-UCS visa conscientizar a comunidade universitária para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Como se prevenir de uma doença que pode ser plenamente curável quando detectada precocemente, mas que ainda responde por 28% dos casos novos de câncer a cada ano no Brasil? Este foi o foco da palestra sobre câncer de mama realizada na tarde desta quarta-feira (18) pelo médico Dino Roberto Soares De Lorenzi a um grupo de funcionárias e funcionários dentro da programação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da Universidade de Caxias do Sul.

O médico Dino de Lorenzi é especialista em Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO, 1995), mestre em Saúde Pública (FSP/USP,1999) e doutor em Ginecologia (UNIFESP, 2004). É professor da Universidade de Caxias do Sul  e tutor do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-SAÚDE), criado pelo Ministério da Saúde em 2010, com a finalidade de promover a saúde e a qualidade de vida do trabalhador brasileiro.

Vestir rosa em outubro, significa que estamos atentos ao alerta das autoridades de saúde sobre uma doença que continua assombrando a população mundial. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e destacados pelo palestrante, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres e a maioria dos casos costuma ter um prognóstico favorável se diagnosticado e tratado precocemente. Diagnósticos tardios têm favorecido maiores taxas de mortalidade, daí a importância de campanhas de prevenção que alertem para o diagnóstico precoce e as estratégias de prevenção da doença, que, em síntese é a finalidade do Outubro Rosa. No Brasil, o câncer de mama responde por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Diferentemente do que se pensa, essa doença também atinge a população masculina, sendo responsável por 1% do total de casos da doença. Em 2015, no Brasil, as estimativas eram de 57.960 casos da doença e 14.388 óbitos (181 homens e 14.206 mulheres). Somente na região Sul, as estimativas apontavam 71 casos de câncer de mama para cada 100 mil mulheres. [  Acesse a cartilha do INCA sobre câncer de mama. ]

Apesar da prevenção primária não ser totalmente possível ou viável em razão da variação dos fatores de risco e das características genéticas envolvidas na etiologia da doença, segundo o palestrante, alguns cuidados devem ser mantidos: evitar a obesidade, o fumo, o álcool, o sedentarismo e o consumo excessivo de proteínas. Ele também destacou a importância da mamografia como método efetivo para a detecção precoce, e a redução de cirurgias mutilativas e das taxas de mortalidade. “De 80 a 90% dos tumores ainda são diagnosticados pela própria mulher (nódulo palpável maior do que 1 cm)  e isso significa detecção tardia com piores prognósticos”, alerta o médico.

 

Fotos: Josmari Pavan