Pesquisa analisa a inter-relação entre ensino superior e o tema do envelhecimento humano.
Pesquisadores de 16 Instituições de Ensino Superior (IES) do Rio Grande do Sul conheceram, na semana passada, durante o 9º Fórum Gaúcho de Ensino Superior sobre Envelhecimento Humano, coordenado pela Universidade de Caxias do Sul, o resultado da pesquisa O Currículo do Ensino Superior e o Envelhecimento Humano, que teve como objetivo analisar o ensino na graduação voltado ao envelhecimento humano nas IES do RS para a formação inicial de profissionais nas diferentes áreas do conhecimento.
Coordenada pelo professor Délcio Antonio Agliardi, coordenador do Programa UCS Sênior, a pesquisa tem a participação dos professores Marco Aurélio Acosta (UFSM), Silvia Virginia C. Areosa (UNISC), Eliane J. Blessmann (UFRGS), Adriana Schüler Cavalli (UFPel), Marcio A. Cossio Baez (UNIPAMPA) e Graziela M. S. Tavares (UNIPAMPA). Em linhas gerais, a pesquisa procura desvendar de que forma o tema do envelhecimento humano está sendo abordado no âmbito do ensino superior, especialmente no que se refere aos cursos e currículos de graduação.
Segundo a pesquisa, disciplinas como Saúde Coletiva, Educação Física e Envelhecimento Humano, Direito Civil, Fisioterapia e Saúde do Idoso, Interfaces do Envelhecimento, Fisioterapia em Geriatria e Gerontologia já são ministradas na maioria das IES, sendo que 86% são obrigatórias e 14% eletivas. 74% das disciplinas que tratam sobre o envelhecimento estão nos cursos de Bacharelado, 17,9% nas Licenciaturas e 8,1% nos Tecnólogos.
Os pesquisadores apontam a importância do tema da Longevidade estar presente na formação profissional de ensino superior. “O aumento populacional deste segmento, já previsto em estudos e vivenciado no cotidiano, reflete a necessidade de preparar profissionais qualificados, com competências técnicas e atitudes que contemplem as necessidades específicas dessa idade”. O professor Délcio Agliardi aponta as novas perspectivas no campo da educação superior: a crescente demanda implica em novas abordagens; o tema é interdisciplinar e exige outra forma de compreensão teórica do problema; ampliação do espaço do currículo (projetos) que contemple o envelhecimento e a longevidade; o envelhecimento é uma campo (de análise) e uma problemática (de pesquisa).
O envelhecimento ativo é um conceito emergente, que surge, das posições assumidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma possibilidade entrelaçada com a saúde, a aprendizagem ao longo da vida, a participação e a segurança que afetam a vida da pessoa idosa, aspectos interdependentes e que se reforçam mutuamente. As pessoas que envelhecem ativamente aproveitam as oportunidades ao longo da vida visando alcançar e melhorar a saúde, as relações familiares e sociais, desenvolver habilidades e competências.
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