Pesquisas desenvolvidas junto a empresas destacam a UCS em avaliação da Folha
Dados divulgados pelo jornal Folha de São Paulo colocam a Universidade no quinto lugar entre as instituições brasileiras com maior número de estudos produzidos com micro, pequenas e médias empresas entre 2015 e 2019.
A Universidade de Caxias do Sul está no quinto lugar entre as instituições de ensino superior brasileiras com maior número de pesquisas feitas com micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) entre 2015 e 2019, com 11 estudos desenvolvidos no formato. Os dados foram divulgados pelo jornal Folha de São Paulo, no mês de outubro, tabulados pelo veículo a partir da base internacional de periódicos Web of Science. A compilação seguiu a metodologia do Ranking Universitário Folha, que avalia e classifica as universidades do país, e dados da classificação de 2019. A quinta posição na lista é compartilhada com a UFRGS, com o mesmo número de estudos na modalidade.
As informações até então inéditas, apuradas pelo veículo, mostram que, no período pesquisado, 170 estudos científicos publicados em periódicos estrangeiros foram assinados em conjunto por autores de universidades e pequenas empresas. Desse total, metade dos trabalhos está concentrada entre a UCS e outras seis instituições de ensino superior. A ciência resultante gerou cerca de um estudo a cada semana e meia, sobretudo, em áreas como engenharias, ciências de materiais e ciências ambientais. Outro aspecto identificado relaciona-se à origem das companhias: muitas das MPMEs que desenvolvem projetos com as universidades brasileiras nasceram nas próprias instituições.
Envolvimento regional
Os dados refletem o compromisso da UCS com o desenvolvimento regional, e sua conexão com o mercado. Exemplificam as iniciativas de parceria os quatro artigos científicos assinados por pesquisadores da indústria de tubos plásticos caxiense Mantova em conjunto coma Universidade no período analisado pela Folha, desenvolvidos em 2015, 2018, 2016 e 2019. O coordenador de projetos da UCS, Romeu Luiz Bertuol, lembra que a parceria com a empresa tem quase uma década, trajetória “em que foram desenvolvidos diversos projetos de inovação, apoiados por instituições públicas ou por iniciativas da própria organização, que possibilitaram inserir novos produtos no mercado e a publicação de artigos científicos”.
“A Mantova entende como sendo de grande importância o trabalho de integração ao meio acadêmico realizado nesse período, destacando que o surgimento da empresa Mantoflex Indústria de Plásticos, que é dedicada à síntese de poliuretano termoplástico (TPU), surgiu de pesquisas junto a UCS e instituições de fomento à inovação como a FINEP e a SCIT/RS”, explica o gerente de projeto Juliano Ernzen, ainda lembrando que a publicação de artigos científicos é um relevante indicador de inovação e que a empresa tem por prática apoiar estudos e pesquisas a fim de impulsionar novidades no mercado. “Investir em ideias relevantes e soluções em conjunto com o meio acadêmico é fundamental para obter ganhos reais em produtividade e competitividade na indústria do plástico”, pontua o profissional da empresa que é considerada referência na América Latina na fabricação de tubos plásticos flexíveis.
Imagem: Acervo Mantova