Distinção é concedida pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul a iniciativas que promovem a pesquisa e a formação cidadã

O projeto Bit Bus – Mergulhando no Mundo da Informática, da Universidade de Caxias do Sul, recebe na noite desta segunda-feira, 20 de outubro, o Prêmio Darcy Ribeiro – Caxias Educadora/Categoria Ensino Privado. Em sua segunda edição, a premiação concedida pela Câmara de Vereadores de Caxias do Sul reconhece profissionais da educação que desenvolvem iniciativas inovadoras nas redes pública e privada de ensino, promovem a formação cidadã da comunidade escolar e incentivam a pesquisa como instrumento pedagógico. A cerimônia, aberta ao público, ocorre a partir das 19h, no Plenário da Câmara. Confira aqui a lista completa com os 12 projetos premiados.

O Bit Bus é um espaço científico-cultural itinerante, adaptado em um ônibus, que leva conhecimento, história e experiências interativas sobre tecnologia da informação à comunidade de forma gratuita. Lançado oficialmente em setembro deste ano, durante o 33º Encontro de Jovens Pesquisadores da UCS, o projeto do Instituto Científico e Cultural Bit Bus, coordenado por uma equipe multidisciplinar da Universidade, surgiu ainda em 2018, formatado como uma exposição fixa.

Com o interesse e o envolvimento contínuo de professores de diferentes áreas do conhecimento, foi sendo redimensionado. “Conseguimos reunir um acervo com peças de grande valor histórico e propomos uma didática envolvente, que pretende sensibilizar o público não apenas contando a história da informática, mas valorizando a sua importância para o desenvolvimento da sociedade moderna”, destaca Scheila de Avila e Silva, professora dos cursos de Computação e de Biologia da UCS, pesquisadora do Laboratório de Bioinformática e coordenadora do projeto junto com as professoras Roberta Tiburri (Arquitetura) e Aline Fagundes (Design) e o egresso Rafael Baumann (Arquitetura).

O acervo itinerante conta com equipamentos de computação, como hardwares e softwares, telas, fotografias e imagens especialmente relacionadas ao avanço da tecnologia da informação. “Para além de um museu da informática, o Bit Bus é uma experiência interativa e sensorial. Queremos contar a história da informática, desde os primeiros aparelhos e disquetes, mas também trabalhar a questão da sustentabilidade ambiental, mostrar a cadeia de valor que existe na reciclagem”, observa Scheila, lembrando que a visitação oferece recursos interativos.

De aldeia indígena à Eletric Move

Poucos dias depois de ser lançado, o Bit Bus logo foi requisitado por escolas e instituições de Caxias e região. No dia 14 de outubro, visitou a aldeia de índios kaingang Kógũnh Mág, em Canela, proporcionando momentos de interatividade, descobertas e inserção na cultura digital aos alunos da escola local. “A iniciativa foi de extrema importância, uma vez que a escola da aldeia está numa área de difícil acesso. Os alunos ficaram encantados com a exposição e as explicações oferecidas sobre computação e tecnologia”, destacam as professoras Ana Paula de Oliveira Marcante e Andreia Costa da Silva, da escola Kógũnh Mág.

De 6 a 8 de novembro, o Bit Bus estaciona nos Pavilhões da Festa da Uva, em Caxias, para participar da 3ª Eletric Move – Feira de Mobilidade Elétrica, Descarbonização e Transição Energética. No mesmo mês, vai percorrer um roteiro que passará por oito escolas públicas municipais do interior de Caxias do Sul – agenda viabilizada por meio de uma parceria com o Trinopolo Caxias e o Sicredi.

A partir de março de 2026, o projeto Bit Bus passa a disponibilizar o agendamento para visitas em escolas e eventos neste site.

Fotos: Bianca Elisa Rossa/Divulgação e Bruno Zulian