PROJETO RONDON: acadêmicos podem se inscrever até 30 de março para participar da Operação Pantanal, em Jaraguari, MS.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 23/03/2018 | Editado em 23/03/2018

De 6 a 22 de julho, acadêmicos Instituições de Ensino Superior de diversas partes do país estarão reunidos em Jaraguari, município localizado na região central do estado do Mato Grosso do Sul, para participar de mais uma edição do Projeto Rondon. Como instituição selecionada pelo Projeto Rondon, a Universidade de Caxias do Sul poderá inscrever – a partir de um processo de seleção interna – 8 acadêmicos (mais dois suplentes) e dois professores para participar da Operação Pantanal, na perspectiva de “somar esforços com as lideranças comunitárias e com a população local, a fim de contribuir com o desenvolvimento sustentável e na construção e promoção da cidadania”.

A Pró-Reitoria Acadêmica publicou nesta sexta-feira, dia 23, o EDITAL que explica e orienta o processo de seleção dos estudantes e o FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO para ser preenchido pelos que desejam candidatar-se a uma das vagas.

As ações a serem desenvolvidas pela equipe da UCS na Operação Pantanal estão inseridas nas áreas relativas à Comunicação, Meio Ambiente, Tecnologia e Produção, e Trabalho. Podem se inscrever os acadêmicos regularmente matriculados em qualquer um dos curso de graduação da Universidade nas áreas de Conhecimento das Ciências da Vida, Ciências Sociais, e Ciências Exatas e Engenharias. A equipe da UCS desenvolverá atividades em parceria com a Universidade Estadual Paulista (UNESP).  O engajamento do estudante é voluntário e não há pagamentos, nem por parte da UCS, nem por parte do Ministério da Defesa – órgão responsável pelo Projeto Rondon -, de auxílios adicionais, além daqueles necessários para que a operação ocorra, como deslocamentos, hospedagem e alimentação.

A professora Gisele Cemin e o professor Michel Mendes, da área das Ciências da Vida, serão os coordenadores da equipe da UCS nesta edição.  Gisele é uma entusiasta do Projeto Rondon e já atuou como coordenadora em edições passadas. Para ela, o Projeto “permite que os estudantes conheçam uma outra realidade do Brasil. Dessa participação resulta uma troca de conhecimentos,de experiências e de opiniões, que favorecem  a cidadania e possibilitam um olhar mais receptivo sobre as necessidades e demandas das comunidades com as quais interagimos”.

“Projeto é considerado o maior do país, uma sala de aula sem fronteiras para o convívio com a diversidade, com o novo, com aquilo que nos mobiliza como humanidade, o reconhecimento legítimo dos outros seres humanos”. 

Michel Mendes se prepara para participar como coordenador da equipe da UCS na Operação Pantanal. Pela segunda vez ele participa de uma Operação do Projeto Rondon – esteve, em 2015, na cidade de Monção, no Maranhão, na condição de estudante, na Operação Jenipapo. Como incentivador da participação dos acadêmicos nesse tipo de atividade extensionista, ele fala sobre o impacto dessa experiência na sua trajetória pessoal e profissional.

Sobre ser rondonista – “A participação no Projeto Rondon, sem dúvida nenhuma, é transformadora. Em nível de extensão, o Projeto é considerado o maior do país, uma sala de aula sem fronteiras para o convívio com a diversidade, com o novo, com aquilo que nos mobiliza como humanidade, o reconhecimento legítimo dos outros seres humanos. São 17 dias de intensas mobilizações e atividades nas quais os acadêmicos exploram habilidades e competências de suas áreas de formação, mas, mais do que isso, é um constante processo de ressignificação da vida, das metas, dos projetos, da carreira, do futuro como um oceano de possibilidades que neste momento se configura em ser um rondonista.”

Sobre a seleção dos estudantes – “Em virtude do conjunto de ações na qual a proposta da UCS está inserida, três Áreas de Conhecimento da Instituição habilitam seus acadêmicos a se inscreverem – Ciências da Vida, Ciências Sociais e Ciências Exatas e Engenharias. Para a seleção dos estudantes serão  respeitados os critérios indicados no Edital. O estudante não pode ter participado de operações anteriores do Projeto Rondon, e deve possuir vínculo ativo em um curso de graduação até o término do período de execução da Operação (julho de 2018), além de ter disponibilidade de horário para participar das reuniões preparatórias e da Operação propriamente dita.”

Sobre a bagagem que se leva – “Viver o Rondon implica em “deixar muitas coisas de lado”, principalmente o conforto de um ambiente chamado nossa casa! Nesse sentido, ao adentrarmos em “outra casa”, outro espaço no qual será território de convivência da equipe da UCS, em parceria com a equipe da UNESP, é preciso ter na mala coisas abstratas, como respeito, reciprocidade, empatia, atitude, autonomia e abertura para os processos educativos, ensinar e aprender. É importante destacar que coisas físicas também podem compor a mala do rondonista, como materiais de higiene pessoal, roupa de cama e banho, repelente, protetor solar, etc”.

Sobre o que se traz na bagagem –  “O que eu trouxe da Operação Jenipapo (Monção/Maranhão 2015) ainda faz parte de mim: são memórias da relação construída com estudantes de uma escola técnica agrícola, com professores da rede municipal, com moradores das comunidades que visitei, especialmente de um Quilombo, a confiança na transformação social, econômica e ambiental, mesmo que de modo breve, no dia a dia da população, almejando que essa se reflita em qualidade de vida para quem ainda carece de tantos direitos.  Participar do Rondon permitiu a minha realização profissional diante de contextos multifacetados, possibilitou-me amadurecimento e sensibilidade para perceber que viver também é oferecer ao mundo meu melhor, é coabitar, é con-viver. Tudo isso se reflete em gratidão pela oportunidade de participar do Projeto e construir fortes amizades com a equipe da UCS e equipe da UFGD, instituição parceira naquela Operação.”

Fotos da Operação Jenipapo, realizada em Monção, Maranhão, em 2015.