Ritmos se misturam no Festival Brasileiro de Música de Rua.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 26/03/2018 | Editado em 26/03/2018

A chuva e as temperaturas amenas do final de semana não foram suficientes para afastar o público do Festival Brasileiro de Música de Rua. O evento tomou o estacionamento do bloco 59, no Campus-Sede, e levou ao palco artistas de diferentes estilos musicais. Sob um palco coberto, a plateia pode acompanhar ritmos que criaram um georreferenciamento das tendências artísticas do país.

As apresentações iniciaram no sábado, dia 24 de março, com destaque para o cantor Vitor Ramil. Conhecido nome do cenário gaúcho, ele subiu ao palco e fez o público cantar seus principais sucessos. Também sábado, as atenções foram direcionadas ao instrumentista Lucas Estrela, do Pará. Acompanhado de sua banda, o jovem músico trouxe para o Sul a guitarrada típica da Amazônia, região brasileira marcada pelos acordes do tecnobrega. O frenesi com as batidas do instrumento era tanto que o rapaz chegou a descer no palco e fez um tour entre a plateia.

Vinicius Casarotto, de 23 anos, estava no meio do público enquanto Lucas Estrela passava de um lado a outro da estrutura coberta. Estudante de Farmácia, ele considera que o festival abre espaço a música feita no país, que por vezes não tem tanto reconhecimento.

“É importante a valorização cultural dentro da Universidade, pois complementa a formação pessoal do aluno e do público que a UCS abrange”, destaca o rapaz, comentando que curtiu bastante a apresentação de Vitor Ramil e esperava ansiosamente para ver a Cuscobayo cantar.

Também passaram pelo Festival, no sábado, a cantora Vic Limberguer, o rapper Chiquinho Divilas, os instrumentistas do grupo Yangos – indicados ao Grammy Latino de 2017 – os músicos da Mangabarat, e os nordestinos da banda Avuô. Ao final, os caxienses da Cuscobayo empolgaram o público ao som das canções que misturam rock, reggae e murga – estilo musical típico do Uruguai.

Domingo – No segundo dia de programação, a banda Araucana deu largada à sequência de shows, com seu mais novo trabalho: Espirais. Na sequência, passou pelo palco o artista Hique Gomez. Ele alegrou o público com suas criações teatrais e musicais e fez questão de mencionar o colega Nico Nicolaiewsky, falecido em 2014. Juntos, eles encenaram por três décadas o espetáculo “Tangos e Tragédias”. O Festival também teve espaço para o pop Uruguaio com Melani Luraschi, para os acordes da banda Marcial do Cristóvão de Mendonza, para as batidas do Maracatu Baque dos Bugres, para o som psicodélico da Cataventos.

Para encerrar o festival, o músico pernambucano Otto mostrou versatilidade. Além de cantar no meio do público, o artista reforçou todo seu potencial na percussão. Foi como percussionista, inclusive, que surgiu no cenário manguebeat, na primeira formação do grupo Nação Zumbi. Ele permaneceu no palco por mais de uma hora e colocou o público para dançar com os ritmos típicos do Brasil, misturados ao som eletrônico, fazendo um encontro entre a raiz e a modernidade da cena nacional.

Quem viu, gostou! É o caso da psicóloga Lahana Gomes, egressa da UCS, que conferiu os shows de domingo e se dirigia de um palco ao outro, do show da banda caxiense Cataventos para ver o manguebeat de Otto. “Além de acessível, o evento traz grande diversidade de artistas e bandas, conhecidos ou ainda não, e é muito legal que ocorra aqui na UCS”.