Trabalho de acadêmicos de Medicina é premiado no 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
O trabalho Carga hormonal feminina ao longo da vida e capacidade aeróbica: existe relação?, de autoria dos acadêmicos de Medicina Maria Tairova, Lucas Odacir Graciolli e Túlio Bressan, ficou com o 2º lugar no Concurso Melhor Tema Livre – Pôster de Iniciação Científica, no 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em Brasília, entre 14 e 16 de setembro.
A pesquisa, orientada pela professora Olga Tairova, foi realizada com base nos dados das pacientes que frequentam a Unidade de Medicina do Esporte do Centro Clínico da UCS. A orientadora comemora a premiação, enfatizando que na área da Saúde existe muito espaço para que os estudantes realizem atividades de iniciação científica e que esses trabalhos se equiparam aos apresentados pelos estudantes do InCor, USP, Unifesp, Hospital Albert Einstein, também premiados no Congresso.

Lucas e Maria estão no 5º ano do curso de Medicina e há três anos fazem iniciação científica na área da Medicina do Esporte dentro da própria Universidade. Maria é pesquisadora voluntária e Lucas agora é bolsista BIC-UCS, mas por um tempo também atuou como voluntário. O convite para ingressar na Pesquisa veio do colega Pietro Nesello, hoje já formado. Os dois, por sua vez, convidaram Túlio Bressan, que agora está no 2º ano do curso, com quem realizaram o trabalho premiado no Congresso Brasileiro de Cardiologia.
A pesquisa como incentivo para aprender mais e melhor
“Acredito que a oportunidade de participar de projetos de pesquisa durante a formação acadêmica é uma excelente forma de praticar o conhecimento adquirido ao longo do curso. Pois, assim, podemos nos deparar com as dificuldades da prática diária, tendo o suporte de profissionais experientes”. Durante 3 anos atuando em projetos de pesquisa no Instituto de Medicina do Esporte da UCS, Lucas Graciolli considera que esse foi um tempo para aprimorar sua atuação de pesquisador e desenvolver projetos mais elaborados. “Creio que o prêmio em um congresso brasileiro é um reflexo dessa evolução”.
Para Tulio Bressan, a premiação no Congresso Brasileiro de Cardiologia reflete um trabalho sério realizado há anos no Instituto de Medicina Esportiva, pela professora Olga e os acadêmicos Lucas Graciolli e Maria Tairova, equipe à qual ele se integrou logo no início do curso. Para ele, o engajamento na iniciação científica é um incentivo para estudar mais e crescer na Medicina. “Quando entrei no curso já sabia que eu queria produzir conteúdo, só não tinha ideia em que área atuar. Foi nas aulas da professora Olga Tairova que eu descobri meu interesse por Cardiologia. Ao mencionar minhas intenções na área, a professora e sua filha, Maria, logo me deram a oportunidade de iniciar os trabalhos no Instituto de Medicina Esportiva da UCS, cuja estrutura e organização me impressionaram desde o começo. Graças à ajuda das duas, eu pude aprender como funciona o universo da pesquisa”.
A inserção no mundo científico
Maria Tairova é voluntária em pesquisa e seu interesse pela pesquisa também começou logo no início do curso. “A iniciação científica proporciona conhecimento e participação direta com trabalhos de pesquisa. Isso é importante na nossa profissão, pois desenvolve o olhar crítico na interpretação dos estudos que usamos na nossa prática médica. Saber como funciona uma pesquisa, aprender a criar o desenho de um estudo, ter contato com as limitações de uma pesquisa… Isso tudo acontece na prática de uma iniciação científica e nos faz olhar para os estudos de uma forma diferente. Além disso, a iniciação científica nos abre portas para desenvolver nossos trabalhos, criar hipóteses e testá-las, para então, de alguma forma, ir se inserindo aos poucos no mundo científico”.
A iniciação científica enriquece o processo de aprendizagem, modifica a forma de aprender e também modifica a visão que o estudante tem da sua própria formação. “O conhecimento que adquirimos na iniciação científica influencia em qualquer área da nossa profissão, pois nos ensina a interpretar os resultados dos estudos e consequentemente como pretendemos conduzir e tratar nossos futuros pacientes”, explica a acadêmica.
A premiação de um trabalho, “que envolveu bastante tempo e pesquisa”, deixou a todos bem felizes. Para Maria, “esse reconhecimento contribui para continuarmos fazendo atividades desse tipo (seja na UCS ou em qualquer lugar que estivermos no futuro) e continuar nossos projetos com os próximos acadêmicos”. Para a equipe foi a primeira premiação em um congresso nacional. “Nossa equipe já apresentou diversos pôsteres e trabalhos orais em diferentes congressos e eventos (Cardiologia, Medicina do Esporte e Ortopedia). Lucas e eu já participamos da publicação de dois artigos em revista internacional, que foram experiências muito interessantes também. Agora já estamos trabalhando em um outro projeto e esperamos que traga bons resultados em breve”, anuncia a jovem pesquisadora.
Foto: Claudia Velho
Compartilhar