UCS apresenta pesquisas sobre grafeno em conferência internacional.
Com estudos nas áreas de nanotecnologia, medicina regenerativa, tecidos inteligentes e revestimentos avançados, Universidade de Caxias do Sul participa de grupo de empresas e instituições que atuam, em todo o mundo, com pesquisa e desenvolvimento do material, principal recurso da atualidade para aplicações em alta tecnologia
As pesquisas da Universidade de Caxias do Sul visando à produção de grafeno estão entre as apresentadas no Graphene Brazil International Summit, que ocorre nesta segunda e terça, 9 e 10 de setembro, no Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro. O reitor Evaldo Kuiava e o professor e pesquisador do programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos e Tecnologias, Diego Piazza, que coordena os trabalhos sobre o material na UCS, representam a instituição no evento.
O Graphene Brazil 2019 reúne os principais atores da comunidade internacional do grafeno, entre empresas, universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e setores relacionados (automotivo, aeroespacial e de defesa, saúde e eletrônicos, entre outros) para o compartilhamento de estudos científicos e de ações comerciais relacionados ao material, derivado do carbono e com diversas aplicações em alta tecnologia. A iniciativa objetiva definir um roteiro estratégico brasileiro que guie a comunidade e a indústria de pesquisa para o desenvolvimento de produtos baseados em grafeno e 2DM (materiais bidimensionais).
A programação da Conferência Internacional Brasil Grafeno e Materiais 2D é composta por 21 apresentações de especialistas de vários países, tendo como alvo áreas prioritárias de P&D em grafeno e 2DM, como padronização, produção e escalabilidade, compósitos, energia, dispositivos eletrônicos e revestimentos funcionais.
No Fórum Industrial, que consiste em um conjunto de workshops, os principais representantes de empresas de grafeno e centros de P&D, entre os quais a UCS, vão exibir os mais recentes avanços no desenvolvimento de tecnologia e as oportunidades de negócios na comercialização de grafeno. Já palestras selecionadas de expositores industriais apresentam vitrines comerciais em todos os campos de mercado atuais de grafeno.
>>Saiba mais sobre as pesquisas com grafeno desenvolvidas na UCS
Tópicos de interesse
Os debates sobre aplicação de grafeno na Graphene Brazil International Summit referem-se às seguintes áreas de pesquisa e desenvolvimento (P&D):
– Compósitos (impressão 3D, plásticos de engenharia, aeroespacial, automotivo, têxtil, pneus, borracha, concreto, vidro, embalagens);
– Revestimentos e tintas (eletrônicos impressos, revestimentos de tubos de aço e lubrificantes, revestimento de blindagem EMI / RFI, setores marítimo, aeroespacial e automotivo);
– Armazenamento de energia (baterias de íons de lítio e supercapacitores, indústria automotiva e eletrônica); solar (energia fotovoltaica).
– Optoeletrônica e dispositivos eletrônicos
– Desenvolvimento de novas ferramentas, protocolos e processos
– Produção e escalabilidade / padronização
– Comercialização (mercados, avanços, barreiras, etc.)
SAIBA MAIS SOBRE O GRAFENO
– O grafeno é uma das formas alotrópicas do carbono, assim como o diamante, o carvão e o grafite, do qual é oriundo, caracterizando-se pela organização hexagonal dos átomos. Foi isolado pela primeira vez em 2004, na Inglaterra, pelos cientistas Andre K. Geim e Konstantin S. Novoselov, em uma pesquisa que ganhou o Prêmio Nobel de Física.
– Caracteriza-se por ser um material de elevada transparência, leve, maleável, resistente ao impacto e à flexão, ótimo condutor térmico e elétrico, entre outras propriedades.
– O grafeno é o material mais leve e forte do mundo (200 vezes mais resistente do que o aço), superando até mesmo o diamante. Uma folha de grafeno de 1 metro quadrado pesa 0,0077 gramas e é capaz de suportar até 4 kg.
– Também é o material mais fino que existe (da espessura de um átomo, ou 1 milhão de vezes menor que um fio de cabelo).
– Possui, ainda, elevadíssima condutividade elétrica, uma vez que os elétrons se movem através do grafeno praticamente sem nenhuma resistência e aparentemente sem massa.
– Por ser uma tecnologia disruptiva, o grafeno tende a competir com tecnologias existentes e substituir materiais com décadas de uso. Seu uso permitirá desenvolver novos materiais, com alta resistência mecânica, capacidade de transmissão de dados e economia de energia.
– Como material de alta engenharia, destaca-se o emprego em nanotecnologia, na produção de telas e displays LCD e touchscreens de televisores, computadores e celulares, mais resistentes e flexíveis; componentes eletrônicos com altíssima capacidade de armazenamento e processamento de dados; e baterias de recarga instantânea, entre outras aplicações.
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