Campeão olímpico Éder Carbonera conversa com os atletas da APAAVôlei/UCS.

Assessoria de Comunicação da Universidade de Caxias do Sul - 26/10/2018 | Editado em 26/10/2018

Em visita à Universidade, o jogador da Seleção Brasileira de Volei e do SESI-SP conversou com atletas da APAAVôlei/UCS sobre sua trajetória, sobre o sonho de conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e o legado do esporte na sua vida pessoal e profissional.

Os jogadores da APAAVôlei/UCS receberam, na tarde de ontem (24) uma visita muito querida e repleta de significado para a  Universidade de Caxias do Sul. Aquele rapaz, sempre presente em seus treinos através de um retrato no banner pendurado na parede, esteve no Ginásio para falar com os jovens que sonham, em sua maioria, tornarem-se atletas, como ele se tornou. A notável presença foi o medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, o jogador da Seleção Brasileira de Vôlei Éder Francis Carbonera. Com uma carreira iniciada na UCS, recheada de títulos e fundamentada pela experiência em diversas equipes, Éder voltou de uma temporada jogando pelo Trentino, na Itália, e hoje atua no SESI-SP, na segunda passagem pelo clube.

Uma trajetória de 14 anos na seleção brasileira, aos 35 anos de idade, é de admirar. E foi isso que os jovens atletas fizeram, aproveitando o encontro para aprender diversas lições com o ídolo. Éder falou sobre o sonho de jogar uma olimpíada, o legado do esporte para sua vida – já conheceu cerca de 50 países e diferentes culturas por meio do vôlei, a importância do respeito ao próximo e da cooperação, táticas de jogo e como acalmar a ansiedade relacionada às disputas, lembrando, também, do ensinamento herdado do pai, de que quando se dispõe a fazer algo, é preciso dedicar-se para fazê-lo bem feito.

Não é a primeira vez que Éder retorna a sua primeira casa desde que se alçou ao cenário nacional e mundial do vôlei, mas quando entra no Ginásio II da UCS, o que lhe vem à mente é o começo da sua carreira. “Foi a mesma porta pela qual entrei quando vim fazer o teste, com a minha irmã. Tinha 15 anos e era muito tímido e aos poucos fui conhecendo, jogando, me integrando e me adaptando muito bem ao esporte”, recorda, destacando a importância de incentivar os futuros atletas. “Ver aquele cartaz na parede é tão emocionante quanto conquistar uma medalha. Com certeza uma ou outra criança daqui um dia vai chegar no alto nível, é um trabalho que sempre foi bem feito, e o mais importante é o que o esporte agrega na educação e na cultura do jovem, na convivência, no aprendizado sobre o trabalho em equipe, no respeito aos colegas e adversários. É o que devemos continuar cultivando”, define Éder.

Memórias

Éder em premiação com o então reitor Ruy Pauletti, durante o inicio de sua trajetória no vôlei na UCS.

O jogador tem boas recordações de sua passagem pela UCS, e destaca o trabalho com o treinador Giovani Brisotto, pontuando o apreço por ele, por sua metodologia e a exigência de que os atletas se dedicassem ao máximo – semelhanças que identifica com o técnico Bernardinho. Ele lembra que em seu primeiro ano de esporte na UCS, quando ainda não dominava a técnica, ouviu de Brisotto: “imagine se um dia você estiver na seleção e errar um toque jogando em uma olimpíada? Ali não pode errar, é importante você ter carinho nas ações, fazer sempre seu melhor. Levei minha carreira em função disso, sempre me dedicando ao máximo, para estar de consciência tranquila de que fiz o meu melhor, me preparei da melhor forma”, conta. Hoje, Éder também tem muitas lições para repassar aos futuros atletas. “É um prazer poder compartilhar experiências e palavras com eles, sei a importância disso para a vida e a carreira”.

Referência

O professor Giovani Brisotto dedica-se há 26 anos ao esporte na UCS, desde quando ingressou, como estagiário, e hoje por meio da Associação dos Pais e Amigos dos Atletas de Voleibol de Caxias do Sul – APAAVôlei/UCS, que coordena com o técnico Fernando de Oliveira Lemos, e onde treina os times juvenil e infanto-juvenil masculinos. Tendo trabalhado com muitos jovens nesse percurso, Brisotto explica que o sonho dos técnicos é que os atletas se tornem profissionais, alcancem o alto nível. “Um deles, uma satisfação, é o Éder. É o nosso trabalho formar atletas, sabemos das dificuldades da carreira e ficamos muito contentes de ele ter tido esse crescimento com a gente, de voltar aqui sempre e compartilhar sua humildade e simplicidade, para a gurizada entender que estar no esporte não é apenas chegar ao ápice, mas manter o seu padrão de atleta”, considera Giovani.

O incentivo da UCS ao voleibol, que já permitiu formar vários jogadores de destaque no cenário esportivo, hoje se dá a partir de parceria com a APAAVôlei, que dedica-se desde a categoria mirim até a juvenil. Também treinadores na Instituição, Ivanete Ignes Salvador e Renato Acosta Duarte marcaram presença no encontro. O coordenador da Vila Poliesportiva da UCS, professor Carlos Bonone, lembra que a parceria com a Associação promove, além do desenvolvimento dos jovens no esporte, a experiência de acadêmicos de graduação da Educação Física, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Odontologia, que realizam ali seus estágios.

Fotos: Divulgação